Por: Thaiane Kubiak

As proteínas são biomoléculas bastante abundantes nos seres vivos, exercem funções
fundamentais em todos os processos biológicos e são constituídas por aminoácidos. De
acordo com a combinação de aminoácidos, podem adquirir diversas funções específicas
como hormônios, enzimas, proteínas musculares, proteínas estruturais (como o
colágeno), neurotransmissores, moléculas de defesa imunológica e transportadoras de
fluídos. Portanto, uma ingestão adequada de proteínas é fundamental para o
funcionamento adequado do corpo humano.
Dentre os aminoácidos que constituem as proteínas, nove são aminoácidos essenciais.
Isto é, são aminoácidos que não podem ser sintetizados pelo nosso corpo. A fonte destes
aminoácidos provém totalmente da nossa alimentação, sendo eles a isoleucina, leucina,
lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e histidina. Quando uma proteína
tem todos estes aminoácidos em quantidades consideráveis e de fácil absorção, esta é
considerada uma proteína de alto valor biológico. As principais fontes deste tipo de
proteína derivam de alimentos de origem animal. No entanto, proteínas de origem vegetal
podem ter sua qualidade melhorada a partir de misturas entre grupos alimentares, como é
o tradicional exemplo do arroz e do feijão.
Quando falamos de ingestão de proteínas, é importante ressaltar que a ingestão de 100g
de carne não significa a ingestão de 100g de proteína. Um bife de carne (filé mignon), por
exemplo, possui em torno de 28,3g de proteína. Além disso, nem toda a proteína ingerida
é absorvida. Alimentos de origem animal possuem uma absorção de 70%, enquanto as
proteínas de leguminosas 60% e de cereais e outros vegetais 50%.
Além disso, para uma boa utilização das proteínas em todas as suas funções é
necessário também uma ingestão adequada de carboidratos. Isso porque, durante o jejum
ou atividades físicas intensas, a reserva de carboidrato que forneceria energia pode se
esgotar. Neste caso, as proteínas são utilizadas para gerar energia no lugar dos
carboidratos e, por isso, acabam sendo desviadas de suas principais funções.
Isso não significa que você deva ingerir grandes quantidades de proteína para compensar
tudo isso.
De maneira geral, as necessidades diárias de proteína variam entre 0,8g por quilo
corporal a 2,0g. No entanto, isso vai depender de cada indivíduo, cada estágio de vida e
cada situação fisiológica.
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